quarta-feira, 28 de julho de 2010

Exposição no Porão do Paço Municipal

Correção do convite:
De 04 de agosto à 11 de setembro
segunda a sexta das 8h30min - 12h às 13h - 18h

Fotos:


Labirinto com as Impreg-ações


Notícia:

Telas de Isabel Sommer estão em cartaz no Porão do Paço

Está em cartaz no Porão do Paço Municipal (Praça Montevidéu, 10) a exposição IMPREGN-ações, da aluna do curso de pós-graduação Poéticas Visuais da Universidade Feevale, Isabel Sommer. A mostra segue até o dia 11 de setembro, com entrada gratuita. A visitação pode ser feita de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 18h, e aos sábados, das 13h às 17h.

Os trabalhos da exposição consistem de telas executadas sobre matrizes feitas de tábuas de pinus, que receberam jatos de areia para ressaltar suas marcas. Segundo Isabel, ela capturou as marcas da madeira em lonas, nas quais foi utilizado rodo de serigrafia impregnado de emulsões e pigmentos. Matrizes e telas fazem parte da mostra, que já passou pelo Centro Cultural José Pedro Boésio de São Leopoldo, Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Casa de Cultura de Esteio e Galeria Modernidade.

Segundo a artista, suas referências são Jackson Pollock, Carlos Vergara, Daniel Senise e Alselm Kiefer. Além disso, alguns referenciais teóricos são embasados em autores como: Fayga Ostrower, Edith Derdyk, Cecília Salles de Almeida, Gaudêncio Fidelis, Lurdi Blauth e Sandra Rey.

Saiba mais: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php?p_secao=30

terça-feira, 27 de julho de 2010

Texto: Território de Experimentação

Os recentes trabalhos de Isabel Sommer dialogam com uma parcela significativa da produção artística contemporânea, que busca suscitar novos sentidos e problemáticas a partir do cruzamento entre linguagens, materiais, suportes e procedimentos. No caso de Isabel, sua poética se constitui na confluência entre práticas e indagações dos campos da gravura e da pintura.

Sob o título de Impregn-ações, as obras ora apresentadas foram desenvolvidas como projeto final de graduação junto ao curso de Artes Visuais da Feevale, em Novo Hamburgo. Como tal, assinalam não apenas o fechamento de questões presentes durante o período formativo, mas, sobretudo, a abertura de uma linha de investigação que tende a ser tenazmente trabalhada e discutida pela artista.

De materiais e processos
Tomemos os elementos constitutivos da presente exposição: nove telas e uma matriz em madeira, sendo esta última a origem das demais. Se as telas instantaneamente nos reportam à tradição da pintura ocidental, a matriz nos lança ao campo da xilogravura.

O interesse de Isabel pela madeira se firmou em 2008, quando a artista começou a fazer frottages em caules de árvores. Frottage vem do verbo francês frotter, que significa riscar, esfregar. Na sua forma mais simples, a frottage consiste em sobrepor uma folha de papel a uma superfície áspera, friccionando sobre a mesma um material riscante, que permitirá o registro das partes proeminentes. Foi de modo similar que Isabel iniciou seu percurso, “encapando” caules de árvores com pedaços de algodão cru e cobrindo-os com tinta. Após alguns dias, retirou os panos, recolhendo com os mesmos, metaforicamente, uma espécie de “memória vegetal” e também temporal, corporificada nas manchas, linhas e texturas amalgamadas à superfície do tecido. Do contato entre essas matérias, portanto, ficaram vestígios.

A consciência das possibilidades formais e simbólicas presentes nesse procedimento basilar de impressão levou-a ao desenvolvimento de Impregn-ações. Nesta série, Isabel partiu de cinco chapas planas de madeira de pínus (270 x 30 cm), todas marcadas pela presença de muitos veios e nós que, entretanto, estavam planificados, devido ao corte e polimento da madeira. Para resgatar e salientar essas características, a artista aplicou diversos banhos de jato de areia na superfície lenhosa, fazendo emergir o desenho interno da madeira. Após, unificou as cinco chapas, criando uma única e gigantesca matriz (270 x 150 cm).

O processo de jateamento, nesse trabalho, foi nodal, uma vez que revelou linhas e reentrâncias que passaram a ser exploradas plasticamente no momento da impressão, graças aos diferentes contatos entre a matriz, o suporte e as tintas. O resultado são formas essencialmente gráficas, que revelam sua gênese, possibilitando ao espectador perceber o cerne na superfície.

Do gesto
Se, nas primeiras frottages em árvores, os agentes eram, eminentemente, o tempo e os eventos climáticos, nesse segundo estágio, a força e a pressão se mostraram fundamentais. Elas transparecem tanto no já citado jato de areia, responsável pela nova topografia do pínus, como no vigor físico da artista, necessário para comprimir a tinta contra a tela e, esta, contra a gigantesca matriz. Quanto a isso, vale destacar que as grandes dimensões e características dos materiais, bem como dos processos, obrigam-na a se colocar de um modo especial diante do suporte: enquanto matriz e tela ficam na horizontal, Isabel se impõe na vertical, pressionando-as. Tal relação lembra a do pintor Carlos Vergara com suas exuberantes monotipias – uma referência, aliás, fundamental à artista. Vale comentar também que esse suporte na horizontal tende a não somente atrair, mas a receber e a deixar-se impregnar pelos outros materiais agregados, notadamente os pigmentos e as tintas.

Na instauração da obra, no trânsito constante entre práticas e reflexões, Isabel explora materiais, ferramentas e estratégias ora do universo da gravura, ora do campo da pintura. Grafite, giz, pigmentos, emulsões e um rodo de serigrafia, entre outros, formam o seu ferramental. Já entre os procedimentos adotados, encontramos tanto a repetição do módulo, como a sobreposição e o acúmulo de camadas de tinta, num diapasão cromático que vai dos brancos aos pretos, dos ocres aos vermelhos mais intensos.

O trabalho se coloca, dessa forma, como território híbrido, de experimentação constante. E é essa sua principal característica e virtude. De um lado podemos reconhecer uma preocupação poética em reter as estrias, as memórias e as grafias da madeira, mas de outro, o que se afirma, peremptoriamente, é o fascínio da artista pelo processo criativo e pelos desdobramentos formais alcançados por tal empreitada. Isabel Sommer, como todo jovem artista, está buscando sua linguagem, está encarando suas questões. Hoje, elas orbitam, vigorosas, em torno desse encontrar-se em meio à vertigem.

Paula Ramos
Jornalista, crítica de arte
e professora do Instituto de Arte da UFRGS

sábado, 10 de julho de 2010

Intercâmbio Internacional de MiniArte Brasil 2010

Estou participando da 12º INTERCÂMBIO INTERNACIONAL DE MINIARTE BRASIL 2010 – MINIART FACES.

Abertura – 28 de junho de 2010, às 19h00
Período de exposição – de 28 de junho a 30 de julho de 2010
Local – Art Gallery - Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano
Cidade - Porto Alegre, Brasil

Imperseptivel
Tranferência de fotografia sobre tecido.
18 x 15cm

http://www.pechansky.com.br/miniartex/